Há um momento comum em que costumamos procurar um caminho de autoconhecimento. Antes que eu venha a citá-lo, talvez já lhe surja na mente qual momento é este. Não é o único, mas é natural que a porta de entrada para iniciar uma jornada interior seja o tão repudiado sofrimento.
Este estado interno de dor e limitação se eterniza por condições internas. Não sabemos como nos relacionar conosco mesmos, com os demais e a vida em si. Agarramo-nos aos sofrimentos. Mas nem eu, nem você, queremos continuar assim. Por isso, esse texto.
Nesse segundo momento, percebemos. É claro que essa angústia tem uma causa, às vezes as vemos, outras não. Mas elas estão aí, dentro da gente. E são elas que mantêm a dor interior existindo em nós.
Mas todos nós já vivemos momentos sem esse sofrimento, verdade? Já tivemos instantes de paz, de contentamento… Não importa como, não importa quando… A questão é que há um estado interior com ausência de sofrimento e puxa, queremos ir e ficar lá nesse lugar. O ponto é que não conseguimos manter e nem mesmo alcançar essa lucidez, essa felicidade quando queremos. E se ela vem estimulada por algo externo, ficamos dependentes. No fim, a clareza não se estabelece.
De que adianta se só formos felizes e conscientes quando der na telha do destino? E se num dia ruim eu estiver dirigindo em um dia chuvoso, ou tiver que tomar uma decisão importante… É… Melhor não… Ou seja, precisamos construir o barco antes da enchente! Se deixarmos para a hora H, ficamos na mão!
Precisamos de uma trilha confiável. E o que todo caminho tradicional seguro de autoconhecimento faz é nos entregar um mapa para nos ensinar como fazer para lidar com os sofrimentos e suas causas, transformá-los gradualmente e daí podermos ir conquistando a capacidade de chegar ‘’lá’’ por conta própria cada vez mais. Esse mapa vai nos explicar sobre essas causas da dor e sobre nossa real natureza, fonte de vida e consciência.
O professor será um guia para ajudar com o mapa, nos ajudará a desenvolver o acolhimento necessário para com nossos obstáculos internos. Precisamos levar a sério, mas também na ‘’esportiva’’ essa caminhada, afinal o sofrimento está aí, o engano também. Caiu? Tá tudo bem, eu também caí… Vamos levantar com um sorriso leve, ter paciência e continuar aprendendo a caminhar…
Os grandes professores nos deixaram métodos para acalmar as perturbações que vão surgindo, treinamentos que nos fortalecerão na jornada, só precisaremos confiar e praticar! Logo vamos comprovando a eficácia e vai ficando mais tranquilo continuar confiando.
Esses meios de pacificação dão amparo para que o processo de longo prazo aconteça. Um processo que envolverá contínuo esforço, estudo, conversas com o professor e desapegos para eliminarmos as causas mais profundas da dor e acordarmos nossa consciência.
Mas é isso, feliz de nós que encontramos um mapa confiável. Feliz de nós que encontramos um professor dedicado para nos ajudar.